Com a crescente divulgação e incentivo à prática de jogos, surgiu a necessidade de abordar a Ludopatia, a dependência do jogo.
O jogo é suposto ser uma atividade lúdica, agradável e estimulante do nosso cérebro que faz parte do nosso quotidiano.
Justificação para o jogo:
1. Aborrecimento;
2. Vontade ganhar dinheiro;
3. Contato social;
4. Esquecer problemas;
5. Manter rotinas e hábitos;
Com o tempo, algumas pessoas perdem essa função lúdica e passam a ter um comportamento obsessivo e compulsivo pelo jogo.
Assim sendo, existe uma transição do jogo normal para o jogo patológico:
1. Fase Positiva: há ganhos no jogo e surge um sentimento de bem-estar;
2. Fase Intermédia-Negativa: surgem perdas no jogo e a pessoa começa a querer recuperar o dinheiro perdido;
3. Fase Final-Desespero: há uma perda total do controlo sobre o jogo levando à tomada de decisões prejudiciais a nível financeiro e a comportamentos desajustados graves que comprometem o próprio e as restantes pessoas que a rodeiam.
Em Portugal foi adotado um modelo restritivo de oferta de jogo por este ser uma atividade económica especial que pode levar a sérios problemas tais como:
1. Fraude e crimes associados à exploração ilegal do jogo a dinheiro;
2. Proteção dos apostadores e dos cidadãos em geral;
A entidade que explora os jogos sociais em nome do Estado é o Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e tem como objetivos:
1. Promover hábitos de jogo moderados;
2. Prevenir o jogo problemático na sociedade portuguesa;
No Artigo 5º da Portaria 313/2004 de 23 de Março dita que:
1. É proibida a venda a menores de idade;
2. Na presença de dúvidas sobre a capacidade dos jogadores, pode ser exigida uma identificação;
3. Quando um menor possuir um título de jogo com direito a prémio, o pagamento será efetuado ao seu representante legal.
Conselhos para hábitos de jogo moderados:
1. Informar-se sobre regras, caraterísticas do jogo, plano de prémios e probabilidade de ganhar;
2. Fixar uma quantia de dinheiro que pretende gastar e não ultrapasse;
3. Controle os seus gastos, faça pausas durante o jogo e avalie ganhos e perdas;
4. Não peça dinheiro emprestado para apostar ou compensar perdas;
Sinais de risco de jogo problemático:
1. Preocupação excessiva com o jogo;
2. Ultrapassar repetidamente os limites estabelecidos;
3. Apostar cada vez mais;
4. Voltar a apostar com o objetivo de recuperar perdas;
5. Esconder da família ou amigos o envolvimento no jogo;
6. Ter problemas financeiros, familiares e/ou profissonais motivados pelo envolvimento no jogo;
7. Ter recorrido a empréstimos para apostar ou compensar perdas;
Caso se verifique estes sinais de risco, existe a Linha de Apoio Jogo Responsável e a Linha Vida que oferecem serviços de aconselhamento psicológico anónimo, gratuito e confidencial na área dos comportamentos aditivos e dependências do jogo.
Contatos:
Linha de Apoio Jogo Responsável
Telefone: 21 419 37 21
Email: linhadeapoio@iajpt.eu
Linha Vida
Telefone: 1414
email: 1414@sicad.min-saude.pt
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Bibliografia:
CITA. (2012). Dependência do Jogo. Disponível em: http://www.cita.pt/novos-comportamentos-aditivos.html (consultado a 05/03/2016)
Diário da República. (2004). Portaria 313/2004. Disponível em: https://www.jogossantacasa.pt/Content/images/uploadedImages/content/pjmc/gc/cont/50/Portaria112_2013.pdf (consultado a 05/03/2016)
SCML. (2012). Jogo Responsável. Lisboa. Disponível em: https://www.jogossantacasa.pt/web/SCJogoResponsavel/ (consultado a 05/03/2016)