sábado, 30 de abril de 2016

Ludopatia: A dependência do Jogo

Com a crescente divulgação e incentivo à prática de jogos, surgiu a necessidade de abordar a Ludopatia, a dependência do jogo.


O jogo é suposto ser uma atividade lúdica, agradável e estimulante do nosso cérebro que faz parte do nosso quotidiano.

Justificação para o jogo:
1. Aborrecimento;
2. Vontade ganhar dinheiro;
3. Contato social;
4. Esquecer problemas;
5. Manter rotinas e hábitos;
Com o tempo, algumas pessoas perdem essa função lúdica e passam a ter um comportamento obsessivo e compulsivo pelo jogo.
Assim sendo, existe uma transição do jogo normal para o jogo patológico:

1. Fase Positiva: há ganhos no jogo e surge um sentimento de bem-estar;
2. Fase Intermédia-Negativa: surgem perdas no jogo e a pessoa começa a querer recuperar o dinheiro perdido;
3. Fase Final-Desespero: há uma perda total do controlo sobre o jogo levando à tomada de decisões prejudiciais a nível financeiro e a comportamentos desajustados graves que comprometem o próprio e as restantes pessoas que a rodeiam.

Em Portugal foi adotado um modelo restritivo de oferta de jogo por este ser uma atividade económica especial que pode levar a sérios problemas tais como:

1. Fraude e crimes associados à exploração ilegal do jogo a dinheiro;
2. Proteção dos apostadores e dos cidadãos em geral;
A entidade que explora os jogos sociais em nome do Estado é o Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e tem como objetivos:

1. Promover hábitos de jogo moderados;
2. Prevenir o jogo problemático na sociedade portuguesa;

No Artigo 5º da Portaria 313/2004 de 23 de Março dita que:

1. É proibida a venda a menores de idade;
2. Na presença de dúvidas sobre a capacidade dos jogadores, pode ser exigida uma identificação;
3. Quando um menor possuir um título de jogo com direito a prémio, o pagamento será efetuado ao seu representante legal.

Conselhos para hábitos de jogo moderados:
1. Informar-se sobre regras, caraterísticas do jogo, plano de prémios e probabilidade de ganhar;
2. Fixar uma quantia de dinheiro que pretende gastar e não ultrapasse;
3. Controle os seus gastos, faça pausas durante o jogo e avalie ganhos e perdas;
4. Não peça dinheiro emprestado para apostar ou compensar perdas;

Sinais de risco de jogo problemático:
1. Preocupação excessiva com o jogo;
2. Ultrapassar repetidamente os limites estabelecidos;
3. Apostar cada vez mais;
4. Voltar a apostar com o objetivo de recuperar perdas;
5. Esconder da família ou amigos o envolvimento no jogo;
6. Ter problemas financeiros, familiares e/ou profissonais motivados pelo envolvimento no jogo;
7. Ter recorrido a empréstimos para apostar ou compensar perdas;

Caso se verifique estes sinais de risco, existe a Linha de Apoio Jogo Responsável e a Linha Vida que oferecem serviços de aconselhamento psicológico anónimo, gratuito e confidencial na área dos comportamentos aditivos e dependências do jogo.

Contatos:

Linha de Apoio Jogo Responsável
Telefone: 21 419 37 21
Email: linhadeapoio@iajpt.eu

Linha Vida
Telefone: 1414
email: 1414@sicad.min-saude.pt

QUALQUER DÚVIDA, SENTE-TE À VONTADE PARA DEIXAR NOS COMENTÁRIOS!
Ou envia email para bemcrescermalcrescer2016@gmail.com

Bibliografia: 
CITA. (2012). Dependência do Jogo. Disponível em: http://www.cita.pt/novos-comportamentos-aditivos.html (consultado a 05/03/2016) 
Diário da República. (2004). Portaria 313/2004. Disponível em: https://www.jogossantacasa.pt/Content/images/uploadedImages/content/pjmc/gc/cont/50/Portaria112_2013.pdf (consultado a 05/03/2016) 
SCML. (2012). Jogo Responsável. Lisboa. Disponível em: https://www.jogossantacasa.pt/web/SCJogoResponsavel/ (consultado a 05/03/2016)

Automedicação

Após um abordagem extensa sobre as drogas ilícitas e lícitas, revelou-se pertinente abordar a temática da automedicação devido às suas características peculiares no que toca ao acesso e ao abuso da mesma.

Automedicação significa recorrer a medicação não sujeita a receita médica para o tratamento de sinais e sintomas ligeiros.

Parte de nós mesmos a iniciativa de selecionar e comprar dado medicamento devido ao desejo que possuímos de cuidar de nós próprios, assim sendo somos responsáveis pelo cumprimento do tratamento e devemos ter em conta os conselhos dados por um profissional de saúde.

Vantagens:
1. Menos custos;
2. Maior autonomia;
3. Alívio da pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde;
4. Resolução de problemas menores de saúde de forma mais rápida;
5. Menor tempo de espera para consultas médicas;
6. Gestão da própria saúde.

Desvantagens:
1. Reações medicamentosas;
2. Atraso no diagnóstico e tratamento adequado;
3. Toxicidade medicamentosa;
4. Mascarar uma patologia grave;
5. Prolonga o sofrimento;

Conselhos para evitar os riscos da automedicação:
1. Informar-se e aconselhar-te junto de profissionais de sáude e seguir os conselhos;
2. Leitura da bula/rótulo do medicamento;
3. Uso de outros instrumentos como o infarmed e prontuário terapêutico;
4. Verificar o prazo de validade e aspeto físico dos medicamentos;
5. Não misturar medicamentos;
6. Não beber bebidas alcoólicas enquanto se toma medicamentos;
7. A dose e tempo tratamento corretos;
8. Mulheres grávidas ou a amamentar apenas devem tomar medicamentos com orientação médica;

Quando consultar um médico:
1. Persistência de sintomas;
2. Presença de efeitos ou reações adversas (descritas na bula/rótulo do medicamento);
3. Medicamento sem efeito;
4. Presença de dor aguda;
5. Outras doenças conhecidas;
6. Agravamento dos sintomas ou recaída;

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Bibliografia:
INFARMED. (2010). Saiba mais sobre Automedicação. Lisboa. Disponível em: https://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/PUBLICACOES/TEMATICOS/SAIBA_MAIS_SOBRE/SAIBA_MAIS_ARQUIVO/29_Automedica%E7%E3o.pdf (Consultado a 22/02/2016)
Peixoto, J. B. (2008). Automedicação no adulto. Ponte de Lima. Disponível em: http://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/814/1/Monografia%20Joana%20-%20Automedica%C3%A7%C3%A3o%20no%20Adulto.pdf (Consultado a 24/02/2016)

Infeções Sexualmente Transmissíveis

A melhor estratégia para a prevenção das Infeções Sexualmente Transmissíveis é a prática de sexo seguro. Para tal, apenas o preservativo, seja masculino ou feminino, é o único método que previne a transmissão IST's.
É fundamental estar consciente dos riscos, sobretudo quando é desconhecido o comportamento e o estado clínico das/os parceiras/os sexuais.

HERPES GENITAL
Infeção viral provocada por 2 vírus distintos;
Não existe cura mas os sintomas diminuem bem como o grau de gravidade e a duração das fases agudas.

Transmissão:
1. através de beijos e carícias em contato com as lesões ou secreções da zona afetada;
2. Sexo sem proteção.

Sintomas:
1. Bolhas e lesões na zona genital;
2. Dor;
3. Comichão e ardor ao urinar;

HEPATITE B
Infeção viral que conduz frequentemente a uma inflamação do fígado e raramente é detetada no início.
Existe uma vacina contra a Hepatite B e também uma terapia contra a infeção com hipótese de sucesso reduzidas.

Transmissão:
1. Esperma;
2. Urina;
3. Fluidos Vaginais;
4. Sangue;
5. Saliva;

Sintomas:
1. Icterícia (pele e mucosas amareladas);
2. Falta de apetite;
3. Náuseas e vómitos;
4. Dor de cabeça e febre baixa;

Consequências
1. Cirrose do fígado;
2. Cancro no fígado;
3. Morte;

HIV/SIDA
Infeção viral no qual o vírus é responsável por enfraquecer o sistema imunitário, destruindo a capacidade de defesa em relação a outras doenças.
NÃO TEM CURA mas se for detetada no ínicio pode recorrer-se a medicação que atrasa os seus efeitos.
As pessoas infetadas (seropositivas) podem passar anos sem sinais ou sintomas no entanto transmitem o vírus para outras pessoas.


Transmissão:
1. Fluidos da relação sexual;
2. Sangue contaminado;
3. Mãe para filho (antes, durante e depois do parto);

Sintomas:
1. Mau estar;
2. Febre e dor de cabeça;
3. Perda de apetite e peso;
4. Cansaço e dores musculares;
OU SEM SINTOMAS!

Como NÃO se transmite:
1. Uso de preservativo;
2. Apertos de mão;
3. Picadas de insetos;
4. Saliva (no entanto, se houver sangue na boca é possível a transmissão);


GONORREIA
Infeção bateriana que cresce em áreas quentes e húmidas do corpo, mais propriamente do sistema reprodutivo, incluindo a uretra, o colo do útero, o útero e as trompas de falópio.
Verifica-se mais em jovens com idade entre 15-24 anos por ser comum a intensa atividade sexual sem proteção.

Transmissão:
1. Via sexual - oral, vaginal e anal.
2. Mãe-filho durante o parto.

Sintomas:
A gonorreia pode ser transmitida mesmo quando a pessoa infetada não apresenta quaisquer tipo de sintomas.
O preservativo é o melhor método para diminuir a probabilidade de transmissão!

SÍFILIS
Infeção bateriana normalmente transmitida por via sexual e em fases mais avançadas, o beijo e até o simples toque pode transmitir a infeção caso haja lesões na boca ou na pele.
Carateriza-se pelo aparecimento de uma "ferida" no local do contágio. Nas semanas seguintes, a batéria espalha-se pelo corpo originando uma erupção cutânea.

Sintomas:
1. Febre, mau estar, perda apetite;
2. Erupções na pele e órgãos genitais;
3. Erupções nas palmas e plantas dos pés;


Além dos sintomas anteriores, pode aparecer perda de pêlo em forma de clareira e aumento dos gânglios generalizada.
Não se transmite por contato com toalhas, roupas, puxadores de portas, talheres e nem nas piscinas.
A sífilis é mais contagiosa durante o primeiro ano de infeção podendo depois entrar num período calmo que se não for tratada pode levar a sérias consequências a nível mental e cardíaco.
O uso do preservativo é o método mais adequado na prevenção da transmissão da doença.

CLAMÍDIA
Infeção bateriana transmitida durante o contato sexual desprotegido.
É a infeção sexualmente transmissível mais comum na Europa e afeta tanto homens como mulheres com idade entre 16-25 anos.
É uma IST's perigosa porque 75% das mulheres infetadas e 50% dos homens infetados não apresenta quaisquer sintomas.

Sintomas:
1. Ardor ao urinar, dor abdominal, corrimento no pénis e dor nos testículos no rapaz;
2. Hemorragia entre as menstruações e após o ato sexual, penetração dolorosa e sintomas de doença inflamatória pélvica abdominal (dor abdominal, febre, fadiga);

Existe maior hipótese de contrair clamídia através de sexo desprotegido ou a presença de múltiplos parceiros sexuais, logo, o melhor método para prevenir a transmissão é o preservativo!

VÍRUS PAPILOMA HUMANA (HPV)
É a Infeção sexualmente transmissível pelo contato da zona genital com o vírus. Pode ser controlado e quando não é tratado evolui silenciosamente para cancro do colo do útero sem a presença de sinais e sintomas.
É um vírus que vive na pele e mucosas dos seres humanas tais como na vulva, vagina, colo do útero e pénis e as lesões podem aparecer na boca e garganta.

Sintomas:
Há sintomas sublínicos (não visiveis a olho nu) que podem aparecer no colo do útero e ânus.

1. Verrugas genitais com aspeto de couve-flor (à volta vagina, pénis e ânus);
2. Comichão, sensação de queimadura, dor e hemorragia.


Existe uma vacina contra o HPV que faz parte do Plano Nacional de Vacinação destinada às raparigas com idade entre 11-13 anos antes do início da atividade sexual e protege contra o vírus não adquirido.
Como tal, apenas o uso do preservativo em todos os tipos de relações sexuais previne a transmissão do vírus. A mulher deve realizar o teste Papanicolau com frequência (teste que analisa as células do colo do útero).

VÍRUS ZIKA
Infeção viral aguda transmitida por mosquitos descoberta recentemente.
É uma infeção especialmente perigosa para a mulher grávida.


Transmissão:
Através de um vetor, o mosquito contaminado para a pessoa que depois transmite o vírus através de relações sexuais desprotegidas ou sangue contaminado.

Sintomas:
1. Exantema (erupções cutâneas);
2. Febre;
3. Síndrome olho vermelho;
4. Dores articulações e musculares;
5. Dor de cabeça e garganta;
6. Tosse e vómitos;

Até agora, apenas foram detetados 9 casos em Portugal.
Tal como as IST's anteriores, o uso do preservativo é o único método de prevenção!

Conselhos de atuação:
1. Logo que surja desconforto ou lesões na zona genital deve-se consultar um médico e não esconder deste informações relacionadas com a atividade sexual;
2. É importante informar as pessoas com quem se teve relações sexuais nos últimos tempos, caso se confirme a presença de uma IST;
3. Os exames periódicos são fundamentais para o despiste das IST, dado que os sintomas são difíceis de detectar;

A prevenção através do uso do PRESERVATIVO e deteção precoce é a melhor maneira de evitar complicações de saúde mais graves.

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Bibliografia
APF. (2005). Infeções Sexualmente Transmissíveis. Obtido em 25 de Fevereiro de 2016, de Associação Planeamento Familiar: http://www.apf.pt/infecoes-sexualmente-transmissiveis 
DGS, Saúde Reprodutiva e Doenças Infecciosas e Gravidez (2000). Acedido a 23 Fevereiro 2016 em http://www.dgs.pt/upload/membro.id/ficheiros/i008092.pdf 
GEIDST. (2012). Infeções Sexualmente Transmissíveis. Obtido em 25 de Fevereiro de 2016, de SPDV: http://spdv.com.pt/resources/docs/gdeist/FolhetoISTGeralGEIDST.pdf 
Positivo. (2016). Guia de Infeções Sexualmente Transmissíveis. Obtido em 25 de Fevereiro de 2016, de Associação Positivo: http://www.positivo.org.pt/wp-content/uploads/guia-de-infeccoes-sexualmente-transferiveis1.pdf 
Saúde, M. (2016). Febre do Vírus Zika. Obtido em 25 de Fevereiro de 2016, de Portal da Saúde: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/perguntas-e-respostas-zika
http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/3958/-1/doencas-sexualmente-transmissiveis-milenio-novo-antiga-preocupacao.html, acedido a 24 Fevereiro 2016