sábado, 30 de abril de 2016

Infeções Sexualmente Transmissíveis

A melhor estratégia para a prevenção das Infeções Sexualmente Transmissíveis é a prática de sexo seguro. Para tal, apenas o preservativo, seja masculino ou feminino, é o único método que previne a transmissão IST's.
É fundamental estar consciente dos riscos, sobretudo quando é desconhecido o comportamento e o estado clínico das/os parceiras/os sexuais.

HERPES GENITAL
Infeção viral provocada por 2 vírus distintos;
Não existe cura mas os sintomas diminuem bem como o grau de gravidade e a duração das fases agudas.

Transmissão:
1. através de beijos e carícias em contato com as lesões ou secreções da zona afetada;
2. Sexo sem proteção.

Sintomas:
1. Bolhas e lesões na zona genital;
2. Dor;
3. Comichão e ardor ao urinar;

HEPATITE B
Infeção viral que conduz frequentemente a uma inflamação do fígado e raramente é detetada no início.
Existe uma vacina contra a Hepatite B e também uma terapia contra a infeção com hipótese de sucesso reduzidas.

Transmissão:
1. Esperma;
2. Urina;
3. Fluidos Vaginais;
4. Sangue;
5. Saliva;

Sintomas:
1. Icterícia (pele e mucosas amareladas);
2. Falta de apetite;
3. Náuseas e vómitos;
4. Dor de cabeça e febre baixa;

Consequências
1. Cirrose do fígado;
2. Cancro no fígado;
3. Morte;

HIV/SIDA
Infeção viral no qual o vírus é responsável por enfraquecer o sistema imunitário, destruindo a capacidade de defesa em relação a outras doenças.
NÃO TEM CURA mas se for detetada no ínicio pode recorrer-se a medicação que atrasa os seus efeitos.
As pessoas infetadas (seropositivas) podem passar anos sem sinais ou sintomas no entanto transmitem o vírus para outras pessoas.


Transmissão:
1. Fluidos da relação sexual;
2. Sangue contaminado;
3. Mãe para filho (antes, durante e depois do parto);

Sintomas:
1. Mau estar;
2. Febre e dor de cabeça;
3. Perda de apetite e peso;
4. Cansaço e dores musculares;
OU SEM SINTOMAS!

Como NÃO se transmite:
1. Uso de preservativo;
2. Apertos de mão;
3. Picadas de insetos;
4. Saliva (no entanto, se houver sangue na boca é possível a transmissão);


GONORREIA
Infeção bateriana que cresce em áreas quentes e húmidas do corpo, mais propriamente do sistema reprodutivo, incluindo a uretra, o colo do útero, o útero e as trompas de falópio.
Verifica-se mais em jovens com idade entre 15-24 anos por ser comum a intensa atividade sexual sem proteção.

Transmissão:
1. Via sexual - oral, vaginal e anal.
2. Mãe-filho durante o parto.

Sintomas:
A gonorreia pode ser transmitida mesmo quando a pessoa infetada não apresenta quaisquer tipo de sintomas.
O preservativo é o melhor método para diminuir a probabilidade de transmissão!

SÍFILIS
Infeção bateriana normalmente transmitida por via sexual e em fases mais avançadas, o beijo e até o simples toque pode transmitir a infeção caso haja lesões na boca ou na pele.
Carateriza-se pelo aparecimento de uma "ferida" no local do contágio. Nas semanas seguintes, a batéria espalha-se pelo corpo originando uma erupção cutânea.

Sintomas:
1. Febre, mau estar, perda apetite;
2. Erupções na pele e órgãos genitais;
3. Erupções nas palmas e plantas dos pés;


Além dos sintomas anteriores, pode aparecer perda de pêlo em forma de clareira e aumento dos gânglios generalizada.
Não se transmite por contato com toalhas, roupas, puxadores de portas, talheres e nem nas piscinas.
A sífilis é mais contagiosa durante o primeiro ano de infeção podendo depois entrar num período calmo que se não for tratada pode levar a sérias consequências a nível mental e cardíaco.
O uso do preservativo é o método mais adequado na prevenção da transmissão da doença.

CLAMÍDIA
Infeção bateriana transmitida durante o contato sexual desprotegido.
É a infeção sexualmente transmissível mais comum na Europa e afeta tanto homens como mulheres com idade entre 16-25 anos.
É uma IST's perigosa porque 75% das mulheres infetadas e 50% dos homens infetados não apresenta quaisquer sintomas.

Sintomas:
1. Ardor ao urinar, dor abdominal, corrimento no pénis e dor nos testículos no rapaz;
2. Hemorragia entre as menstruações e após o ato sexual, penetração dolorosa e sintomas de doença inflamatória pélvica abdominal (dor abdominal, febre, fadiga);

Existe maior hipótese de contrair clamídia através de sexo desprotegido ou a presença de múltiplos parceiros sexuais, logo, o melhor método para prevenir a transmissão é o preservativo!

VÍRUS PAPILOMA HUMANA (HPV)
É a Infeção sexualmente transmissível pelo contato da zona genital com o vírus. Pode ser controlado e quando não é tratado evolui silenciosamente para cancro do colo do útero sem a presença de sinais e sintomas.
É um vírus que vive na pele e mucosas dos seres humanas tais como na vulva, vagina, colo do útero e pénis e as lesões podem aparecer na boca e garganta.

Sintomas:
Há sintomas sublínicos (não visiveis a olho nu) que podem aparecer no colo do útero e ânus.

1. Verrugas genitais com aspeto de couve-flor (à volta vagina, pénis e ânus);
2. Comichão, sensação de queimadura, dor e hemorragia.


Existe uma vacina contra o HPV que faz parte do Plano Nacional de Vacinação destinada às raparigas com idade entre 11-13 anos antes do início da atividade sexual e protege contra o vírus não adquirido.
Como tal, apenas o uso do preservativo em todos os tipos de relações sexuais previne a transmissão do vírus. A mulher deve realizar o teste Papanicolau com frequência (teste que analisa as células do colo do útero).

VÍRUS ZIKA
Infeção viral aguda transmitida por mosquitos descoberta recentemente.
É uma infeção especialmente perigosa para a mulher grávida.


Transmissão:
Através de um vetor, o mosquito contaminado para a pessoa que depois transmite o vírus através de relações sexuais desprotegidas ou sangue contaminado.

Sintomas:
1. Exantema (erupções cutâneas);
2. Febre;
3. Síndrome olho vermelho;
4. Dores articulações e musculares;
5. Dor de cabeça e garganta;
6. Tosse e vómitos;

Até agora, apenas foram detetados 9 casos em Portugal.
Tal como as IST's anteriores, o uso do preservativo é o único método de prevenção!

Conselhos de atuação:
1. Logo que surja desconforto ou lesões na zona genital deve-se consultar um médico e não esconder deste informações relacionadas com a atividade sexual;
2. É importante informar as pessoas com quem se teve relações sexuais nos últimos tempos, caso se confirme a presença de uma IST;
3. Os exames periódicos são fundamentais para o despiste das IST, dado que os sintomas são difíceis de detectar;

A prevenção através do uso do PRESERVATIVO e deteção precoce é a melhor maneira de evitar complicações de saúde mais graves.

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Ou envia email para bemcrescermalcrescer2016@gmail.com

Bibliografia
APF. (2005). Infeções Sexualmente Transmissíveis. Obtido em 25 de Fevereiro de 2016, de Associação Planeamento Familiar: http://www.apf.pt/infecoes-sexualmente-transmissiveis 
DGS, Saúde Reprodutiva e Doenças Infecciosas e Gravidez (2000). Acedido a 23 Fevereiro 2016 em http://www.dgs.pt/upload/membro.id/ficheiros/i008092.pdf 
GEIDST. (2012). Infeções Sexualmente Transmissíveis. Obtido em 25 de Fevereiro de 2016, de SPDV: http://spdv.com.pt/resources/docs/gdeist/FolhetoISTGeralGEIDST.pdf 
Positivo. (2016). Guia de Infeções Sexualmente Transmissíveis. Obtido em 25 de Fevereiro de 2016, de Associação Positivo: http://www.positivo.org.pt/wp-content/uploads/guia-de-infeccoes-sexualmente-transferiveis1.pdf 
Saúde, M. (2016). Febre do Vírus Zika. Obtido em 25 de Fevereiro de 2016, de Portal da Saúde: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/perguntas-e-respostas-zika
http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/3958/-1/doencas-sexualmente-transmissiveis-milenio-novo-antiga-preocupacao.html, acedido a 24 Fevereiro 2016

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